Batata e cebola puxaram queda da inflação de alimentos em setembro

Batata e cebola ajudaram a conter a inflação dos alimentos em setembro. Segundo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), os dois itens puxaram a queda dos valores da alimentação em domicílio no mês passado, com recuos de 8,55% e 10,16% respectivamente. Em São Paulo, particularmente, o índice Ceagesp, que mede a variação de preços de uma cesta no atacado, esses produtos básicos fizeram o indicador de “diversos” caírem pelo quarto mês consecutivo. Initial plugin text “Essas reduções sucessivas de preços neste setor têm um impacto significativo no bolso do consumidor, pois estão envolvidos itens de fundamental importância na cesta básica, pois são de altíssimo volume e consumo quase diário”, disse a Ceagesp, em nota. O setor de diversos como um todo caiu 4,52% no mês e a batata, 6,87% e a cebola nacional, 13,48%. No entreposto de São Paulo, a batata lavada ficou o preço médio de R$ 1,79 o quilo, enquanto a asterix terminou o mês a R$ 2,12 o quilo. A cebola terminou o mês a R$ 1,39 o quilo. “Em 12 meses, a cebola caiu 47%”, destacou a Ceagesp. Na outra ponta, o preço das frutas é que não permitiu menor desaceleração dos preços em setembro. Tanto o IPCA quanto o índice Ceagesp indicam alta nessa cesta de alimentos. No país, as frutas subiram 2,4% e, no atacado de São Paulo, 9,67%. Os destaques de alta do mês ficaram com o limão tahiti, maracujá azedo, abacate breda e manga palmer, todos com variação acima de 40%. Inflação geral A inflação oficial brasileira, medida pelo IPCA, acelerou para 0,48% em setembro, após recuo de 0,11% em agosto, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa ficou pouco acima de setembro de 2024 (0,44%) e é a maior para o mês desde 2021 (1,16%). Pelo quarto mês consecutivo, o grupo alimentação e bebidas do IPCA registrou queda na média de preços (-0,26%). A variação de setembro foi influenciada pela alimentação no domicílio, que caiu 0,41%, após a redução de 0,83% de agosto. Além da cebola e batata, caíram os preços do alho (-8,70%), do tomate (-11,52%) e do arroz (-2,14%). No lado das altas, além das frutas, destaca-se o óleo de soja (3,57%). A alimentação fora do domicílio registrou desaceleração na passagem de agosto (0,50%) para setembro (0,11%). Em igual período, o subitem lanche saiu de 0,83% para 0,53%, e a refeição foi de 0,35% para -0,16%.