Período de defeso da piracema está em vigor até o final de fevereiro no Estado de São Paulo
                                
O período de defeso da piracema teve início neste sábado (01/11) e segue até o dia 28 de fevereiro de 2026 no Estado de São Paulo, informou o Instituto de Pesca (IP-Apta), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de SP. Leia também: Tilápia será proibida? Entenda o impasse sobre inclusão da espécie em lista de invasoras Governo nega intenção de proibir produção de tilápia no país Durante esses quatro meses, a pesca de espécies nativas fica proibida nas principais bacias hidrográficas paulistas, a do rio Paraná e a do Atlântico Sudeste, para garantir o sucesso da reprodução natural dos peixes, conforme alerta a pesquisadora Paula Maria Gênova de Castro Campanha, do IP-Apta. O defeso é uma medida essencial para a conservação dos estoques pesqueiros, pois impede a captura de peixes durante a fase reprodutiva, assegurando a continuidade do ciclo de vida das espécies e a sustentabilidade da atividade pesqueira em longo prazo. De acordo com a pesquisadora, fica "permitida apenas a captura de espécies não nativas (alóctones, exóticas ou híbridas)." Na Bacia do Paraná, que abrange rios como Paraná, Grande, Paranapanema, Tietê, Mogi-Guaçu e Pardo, continua liberada a captura de espécies como corvina de água doce, tucunarés, porquinho, zoiúdo ou caroço-de-manga, apaiari ou oscar, pacu-cd, pirarucu, híbridos (tambacu, jundiara, cachapinta e pincachara) e camarão-gigante-da-Malásia, além de tilápias, carpas, bagre-americano e bagre-africano, entre outras, não nativas da bacia, como explica o professor Fernando Carvalho da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Já na Bacia do Atlântico Sudeste, que inclui os rios Paraíba do Sul, Ribeira de Iguape, Juquiá e seus afluentes, também é permitida a pesca do dourado e do pintado, por serem espécies não nativas; o curimbatá pode ser pescado nas bacias do rio Ribeira de Iguape (que inclui o rio Juquiá), mas é proibido na bacia do rio Paraíba do Sul por se tratar de uma espécie nativa nesse sistema.

