Nova plataforma de dados mostra crescimento do setor de bioinsumos
O faturamento do mercado de bioinsumos no Brasil foi de R$ 4,5 bilhões em 2024, o que representou um aumento de 30% sobre o ano de 2022. Já os agroquímicos movimentaram R$ 81,6 bilhões no ano passado, porém houve uma retração de 20% na mesma base de comparação. Os números foram divulgados por meio do CropData, portal de dados da CropLife Brasil lançado oficialmente nesta quarta-feira (22/10). Leia também Com mais transações que em 2024, fusões e parcerias ganham força no setor de bioinsumos Projeto incentiva agroflorestas com plantas da Amazônia O objetivo da plataforma é reunir dados referenciados e estruturados de fontes públicas e de consultorias contratadas sobre insumos agrícolas. "A ideia é garantir que a informação seja divulgada de forma correta e com base em estatísticas", afirmou o presidente da CropLife Brasil, Eduardo Leão. Incorporado ao site da entidade, o CropData contará com boletins trimestrais. O objetivo é a construção de uma série histórica de dados. O faturamento total das indústrias do setor (incluídos defensivos químicos, bioinsumos e sementes) totalizou R$ 114 bilhões em 2024. Em dois anos, a queda foi de 14%. Os químicos, que representavam 76%, responderam por 70% no ano passado. Para o gerente executivo da CropLife Brasil, Renato Gomides, houve um processo de acomodação influenciado por três fatores: queda de custos na China, maior presença de genéricos e queda no preço das commodities. Nos bioinsumos, o preço dos produtos também caiu, mas a área tratada cresceu. "Estamos vendo cada vez mais a sinergia entre as tecnologias [químicos e bioinsumos] no campo. O produtor consegue decidir qual o melhor em cada momento que a lavoura está", explica Gomides. Não há uma estimativa com relação aos números de 2025, mas, segundo o gerente executivo, percebe-se um aumento de área tanto de produtos químicos quanto de bioinsumos.
