Saiba como cuidar da begônia, planta ideal para interiores

Você sabia que a begônia está presente na lista das plantas preferidas para a decoração de interiores? O motivo, além do tamanho e do apelo estético pelas flores coloridas e as folhas chamativas com texturas e formatos variados, é a pouca exigência de luz para o seu desenvolvimento, explica Claudete Schneider de Queirós, proprietária da Viva Floricultura, empresa de Chapecó (SC). Leia mais Flores comestíveis ganham espaço no menu 'instagramável' Como plantar begônia A especialista ouvida pela Globo Rural completa que, junto com os cuidados relacionados à luminosidade, a planta batizada pelo botânico francês Charles Plumier em homenagem ao amigo Michel Bégon precisa de atenção na irrigação, adubação e também na poda. “Esses são os pilares fundamentais para o crescimento das begônias. E eles precisam andar juntos para que ela fique sempre bonita e saudável. Se isso for seguido à risca, as flores podem durar meses embelezando vasos ou jardins após florescerem, o que acontece durante a primavera”. Veja como cuidar da begônia: Qual o ambiente correto? Após o plantio em solo fértil e bem drenado, a begônia deve ser colocada em ambientes claros e bem ventilados. E, caso o produtor opte por levá-la ao sol, o indicado é que seja nas primeiras horas da manhã ou apenas no fim da tarde, evitando as altas temperaturas. Outra recomendação é cultivar a begônia em vasos, pois a condição permite ter controle total sobre a planta, enquanto em jardins, quintais e canteiros ela deve ser protegida por espécies maiores de chuvas fortes, ventos e predadores. “Sempre é melhor colocar no vaso pela delicadeza. E com a necessidade de ser ‘abrigada’, podemos considerar que 80% das begônias são cultivadas em vasos”. Quando irrigar a begônia? O intervalo de rega depende, principalmente, de alguns fatores, explica Claudete, como a região de cultivo, a estação do ano e também o tamanho do vaso. No entanto, todos devem levar em conta um detalhe: o solo deve ficar único e não encharcado. “Eu indico sempre molhar a planta ou de manhã bem cedo ou no fim da tarde e priorizar a umidade. Por isso, é bom colocar o dedo na terra para conseguir diferenciar bem essas duas condições e respeitar o ciclo”. Quando a begônia é cultivada no Sul, por exemplo, a irrigação acontece, geralmente, entre duas a três vezes por semana e em abundância. Já no Nordeste, onde o clima é diferente e bem mais quente, a frequência pode aumentar para até quatro vezes. “O excesso de água é sério e pode acarretar o apodrecimento porque, muitas vezes, o solo é compactado e recebe uma carga que não é drenada. Isso vai demorar dias para ficar equilibrado e pode apodrecer a planta”. Qual adubo aplicar na begônia? Quando o solo ou substrato em que a begônia está plantada já apresenta componentes orgânicos, a frequência de adubação para contribuir com o seu desenvolvimento é menor. Mas, caso contrário, o produtor deve aplicar o fertilizante mais vezes e sempre seguindo a orientação do fabricante do produto. Se a escolha for pelo adubo orgânico, feito com resíduos, como esterco de animais, restos de alimentos e folhas, deve ser curtido por, pelo menos, 1 ano e ter boa procedência. Como podar a begônia? A poda é uma técnica importante em qualquer cultivo. No caso da begônia, deve ser realizada para retirar folhas secas, mortas, amareladas ou com alguma cicatriz ou defeito causado pela ação do vento, chuvas intensas ou outro fenômeno. E como fazer isso? De acordo com Claudete de Queirós, o correto é utilizar uma faca ou tesoura esterilizada e cortar a folha na diagonal. “Quando retiramos as folhas danificadas, a planta envia energia para a formação de outro broto e, consequentemente, uma nova folha”, finaliza. A begônia é comestível? Sim, além da finalidade decorativa, ela está incluída no grupo das Plantas Comestíveis Não Convencionais (PANCs), chamadas desta forma pelo potencial de uso e consumo na gastronomia, assim como lavanda, cravina, capuchinha, ora-pro-nóbis e hibisco, que ganham espaço à mesa. A begônia, por exemplo, apresenta um sabor picante, mas, ao mesmo tempo, adocicado, e é utilizada, principalmente, em saladas ou pratos frescos.