Frigoríficos dizem adotar protocolos rigorosos contra irregularidades na pecuária

Frigoríficos dizem adotar protocolos rigorosos contra irregularidades na pecuária

Procurada pelo Valor para comentar a nova edição do radar Verde, a JBS informou que adota, desde 2009, uma abordagem rigorosa para o fornecimento responsável, com política de tolerância zero para desmatamento ilegal, áreas de embargo ambiental, unidades de conservação, terras indígenas ou quilombolas e presença na lista suja de trabalho escravo. De acordo com a empresa, essa política está em conformidade com o Protocolo Boi na Linha, liderado pelo Imaflora, em parceria com o Ministério Público Federal. Leia também Brasil tem 'vantagens consolidadas' para fortalecer agricultura regenerativa, dizem especialistas Nestlé e BB firmam parceria de R$ 100 milhões para agricultura regenerativa na produção de leite “Desde 2021, a companhia implementou a Plataforma Pecuária Transparente, que utiliza tecnologia blockchain. O sistema permite que os fornecedores diretos da empresa apliquem os mesmos critérios socioambientais aos seus próprios fornecedores de animais. A partir de 1 de janeiro de 2026, somente os produtores que estiverem na plataforma poderão vender bovinos para a JBS”, acrescentou a empresa, em nota. A MBRF disse que monitora 100% dos fornecedores diretos e 90,8% dos indiretos na Amazônia, com meta pública de alcançar 100% até 2025. “Nas áreas consideradas de maior risco socioambiental, [a companhia] já atingiu 100% dos indiretos”, destacou. A empresa, que nasceu da fusão entre Marfrig e BRF, declarou ainda que atua com um sistema que bloqueia automaticamente áreas com desmatamento, embargos, trabalho análogo à escravidão e sobreposição com unidades de conservação ou terras indígenas. “A verificação e a compra de gado são auditadas por terceira parte independente, garantindo transparência e conformidade com os mais altos padrões socioambientais”, pontuou. Saiba-mais taboola Também em nota, a Minerva afirmou que o trabalho para assegurar a conformidade e transparência de sua cadeia de abastecimento é pautado em três pilares: fornecedores diretos, fornecedores indiretos e requalificação e reinserção de fornecedores. “Para avançar na frente de fornecedores indiretos, a empresa vem implementando diferentes iniciativas e práticas relacionadas à rastreabilidade e ao monitoramento socioambiental (...) [A companhia tem] evoluções consistentes na aplicação [de seus] protocolos de rastreabilidade, registrando aumento de 15% no volume de animais abatidos comparado ao trimestre anterior”, afirmou. A Frigol esclareceu que ainda não teve acesso à nova edição do Radar Verde sobre o controle dos frigoríficos que atuam na Amazônia, mas enfatizou que a sustentabilidade está no centro de sua estratégia de negócios. “Sobre o monitoramento de fornecedores indiretos, a Frigol realiza, desde 2023, a verificação de 100% de seus fornecedores indiretos nível 1, por meio do software Visipec, gerenciado pela National Wildlife Federation (NWF) no Brasil. O Visipec é hoje o único sistema disponível capaz de fazer esse tipo de monitoramento no Estado do Pará”, ressaltou.